sábado, 15 de maio de 2010

TGV - Um erro histórico que vai sair caro à economia portuguesa

«Querem que vos conte uma história? Havia uma vaquinha chamada Vitória. Morreu a vaquinha, acabou-se a história.
Querem outra com mais emoção? Havia uma mercadoria que queria ir de Sines ao Poceirão. Apareceu a RAVE, roubou-lhe o vagão.»
 
(Utilizem o Google Earth para localizar os pontos referidos pela comunicação social em matéria de ferrovia. É preciso activar, no canto inferior esquerdo do Google Earth, "Base de dados principal > Mais > Transportes". Clicar na caixa de forma a parecer marcada por um sinal de visto.)
 
Lembram-se quando apareceram os primeiros "doidos" que criticavam a Ota?
Que diziam que era um disparate tão grande, mas tão grande, que não dava para acreditar?
Lembram-se quando o Governo dizia que todos os estudos tinham apontado para a Ota?
Lembram-se quando quase toda a gente dizia que era consensual que a Ota era o melhor sítio para construir o aeroporto, excepto meia dúzia de bravos?
Lembram-se de depois se chegar à conclusão de que nenhum estudo havia que defendesse a Ota?: http://bravosdopelotao.blogspot.com/2007/05/nenhum-estudo-recomenda-ota.html
Lembram-se deste Comandante? http://www.youtube.com/watch?v=vwxIfuoGXp8 Foi a estocada final para a Ota... :) Momento histórico na TV portuguesa! Grande Comandante, sem desprimor para todos os outros envolvidos na luta contra a Ota: são tantos que falharia o nome de alguma pessoa fundamental e sem a qual o resultado ou não teria sido atingido, ou não teria sido atingido tão cedo (e tempo, meus caros, é dinheiro. Sempre!)
 
Ora bem.
Lembram-se de o Primeiro Ministro dizer que sem linhas de bitola europeia de alta velocidade (a que ele, por razões que só o próprio deve "saber" (LOL), chama TGV, conseguindo que todo um País o imite), Portugal ficaria isolado da Europa? (Sim, eu sei, já outros governantes gostavam de passar umas belas vacances dans la banlieue de Paris e dar umas escapadinhas ao Moulin Rouge para contar aos amigos. É sempre chique falar francês. Quanto a tocar piano então, nem vos conto!)
Que a obra era fundamental para integrar Portugal na União Europeia?
Que seria possível a pessoas e bens deslocarem-se directamente para qualquer ponto na Europa?
 
Enviei 3 cartas: aos Deputados, ao Primeiro-Ministro, ao Presidente da República sobre os erros que estão a ser cometidos com a Ferrovia em Portugal.
Estão aqui, no meu blogue sobre Aeroportos e Ferrovia:
 
 
Sentem-se bem sentados.
A segunda Ota está aí...
E são vocês que a vão pagar.
A menos que resolvam pegar na vida deste País a sério e espetar um par de bandarilhas bem espetadas nos boys da RAVE e em quem lhes puxa os cordelinhos!
 
 
Lutem por este País e por como o vamos deixar aos nossos filhos e netos!
 
Um abraço a todos e ponham bem alto a música em anexo para que toda a vizinhança ouça a voz de

PORTUGAL






Inserção de informação de última hora, já este mail estava na prensa do Gutenberg para vos ser enviado:
 
O projecto de ligação de Sines a Espanha por bitola ibérica (contra toda a racionalidade) acaba de receber da parte de Gabriel Órfão Gonçalves (1) a certificação "Elefante Branco", categoria III (categoria máxima!).



(1) Gabriel Órfão Gonçalves é certificador oficial de Elefantes Brancos - tendo sido certificado por certificadores oficialmente certificados -, depois de duas horas de formação intensiva num Centro de Novas Oportunidades, tendo sido aprovado com distinção e louvor por unanimidade por um grupo de avaliadores-certificadores que respeitam as 4 regras fundamentais da avaliação nas Novas Oportunidades:
 
1) Todas as decisões importantes, em especial as de avaliação dos cursandos, devem ser tomadas por um conjunto de membros especialmente habilitados para a matéria a tratar;
2) Formado em número ímpar, para evitar empates nas decisões que tenham de ser tomadas, maxime nas de avaliação;
3) Mas em número nunca superior a dois, por razões de racionalidade da despesa pública.
4) O disposto nos números anterios deve ser interpretado, de entre os vários sentidos possíveis, no sentido de não haver contradição entre as várias disposições.
 
O autor destas normas fez um curso de "Legística e Legiferação - descubra as diferenças" no mesmo escritório de advogados de onde saem mais leis para o País e entra mais dinheiro pelos bons serviços prestados à Pátria. (As leis a sair e o dinheiro a entrar é tipo o IC19 à tardinha, mas mais intenso.) Não é difícil saber qual é esse escritório. É só procurar no google... Devo acrescentar que o Prof. de Direito Paulo Otero, a quem estas normas foram posteriormente submetidas para apreciação da constitucionalidade, disse: "Uhm... isto dava um bom teste de Direito Administrativo ou mesmo de Direito Constitucional..."

Gabriel Órfão Gonçalves
jurista, n. 1977




Sem comentários: