terça-feira, 23 de março de 2010

Historia de uma Greve - Evoluçao ao longo do dia


Os trabalhadores da CP, CP Carga, Refer e EMEF iniciam à meia-noite uma greve de 24 horas contra o congelamento dos salários que, segundo o sindicato, terá um "impacto significativo na circulação" dos comboios.

"Pensamos que vai ser uma greve com um impacto significativo na circulação", disse à Agência Lusa José Manuel Oliveira, coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), que convocou a paralisação.
O coordenador do SNTSF explicou que a greve, que começa às 00.00 horas de terça feira, terá uma duração de 24 horas e vai "abranger todos os trabalhadores das empresas" CP - Comboios de Portugal, CP Carga, Refer - Rede Ferroviária Nacional e EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, "de norte a sul do país".
"Pelo que temos falado nas empresas, estamos confiantes de que vai haver uma boa adesão", disse José Manuel Oliveira.
O congelamento dos salários nas empresas do sector empresarial do Estado, recomendado pelo Governo, está na origem desta paralisação que, segundo o SNTSF, pode abranger um universo de 10 mil trabalhadores.
O sindicato critica o facto de alguns funcionários destas empresas terem recebido aumentos.
No caso da CP, "alguns trabalhadores" foram aumentados em 2,9 por cento, "com seis meses de retroactivos" e na Refer um quadro da empresa recebeu um prémio que, de acordo com a banda salarial existente, pode situar-se entre os 6.000 euros e 9.900 euros.
"Não podemos deixar de protestar perante estas generosidades, quando se impõem sacrificios a todos os outros trabalhadores", salienta o SNTSF.




Comboios/Greve: Muito poucas composições em circulação, admite CP

Lisboa, 23 mar (Lusa) - A greve no setor ferroviário está a afetar hoje de manhã a circulação de comboios, havendo "muito poucos" a circular, admitiu à Lusa o porta-voz da CP. 
 "Há muito poucos comboios a circular em todo o país", admitiu Bruno Martins.
O porta-voz garantiu os "serviços mínimos nas linhas urbanas de Lisboa e do Porto até às 09:00, a que corresponde 25 por cento da oferta".




Comboios/Greve: CP admite "dificuldades um pouco por todo o país

Lisboa, 23 mar (Lusa) - A circulação de comboios está a efectuar-se hoje "com dificuldades um pouco por todo o país" devido à greve de 24 horas do setor ferroviário, iniciada à meia noite, admitiu à Lusa o porta-voz da CP.

Bruno Martins destacou em particular a circulação de "comboios urbanos de Lisboa e do Porto, onde estão a ser garantidos os serviços mínimos até às 09:00".
Os serviços mínimos correspondem a "cerca de 25 por cento da oferta de comboios", frisou.


Circulação de comboios "fortemente perturbada" com adesão de 80% em alguns locais, diz sindicato

A greve dos trabalhadores ferroviários está a registar uma adesão na ordem dos 80 a 90 %, segundo as primeiras estimativas, com a circulação a ser "fortemente perturbada", declarou hoje, terça-feira, o coordenador do sindicato do sector.

"Neste momento, verifica-se uma boa adesão à greve, com valores de 80 a 90 por cento em alguns locais e com a circulação a ser fortemente perturbada", disse à Lusa o coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), José Manuel de Oliveira, sublinhando que Lisboa e Porto estão a funcionar com recurso aos "serviços mínimos".
A este respeito, o coordenador do SNTST relatou que no Centro de Comando Operacional, localizado junto à Estação de Santa Apolónia, em Lisboa, os trabalhadores que estavam a assegurar os serviços mínimos foram "expulsos" e "substituídos por quadros superiores da empresa".
"O objectivo deles [administração da empresa] é fazer circular os comboios a qualquer custo", frisou.
De acordo com José Manuel de Oliveira, o sindicato estima que as estações do Cais de Sodré e do Rossio, ambas em Lisboa, tenham registado uma adesão à greve de cerca de 60 por cento.
"No Entroncamento, a adesão é de quase 100 por cento. O mesmo acontece noutros pontos do país", declarou.
Os trabalhadores da CP, CP Carga, Refer e Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) iniciaram hoje uma greve de 24 horas contra o congelamento dos salários, situação que poderá abranger um universo de cerca de 10 mil trabalhadores.
A paralisação irá terminar à meia noite


Comboios/Greve: Circulação caminha para a normalidade - CP

Lisboa, 23 mar (Lusa) - A circulação de comboios está a "caminhar para a normalidade", com o restabelecimento das ligações Intercidades e Alfa Pendulares e com os principais eixos ferroviários a funcionar com "muita frequência", assegurou hoje o porta-voz da CP.

Desde a meia noite que os trabalhadores da CP, CP Carga, Rede Ferroviária Nacional (Refer) e Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) iniciaram uma greve de 24 horas contra o congelamento dos salários, uma situação que deverá abranger um universo de cerca de 10 mil funcionários, segundo o sindicato do setor.
"O panorama da circulação ferroviária do país alterou-se favoravelmente em relação ao início da manhã, já que é possível circular nos principais eixos, com muita maior frequência, sobretudo nos meios urbanos", disse à Lusa o porta-voz da CP, Bruno Martins, referindo-se às linhas de Cascais, Sintra e do norte de Portugal.


Circularam só 25% dos comboios devido à greve

Ao início da manhã de hoje, terça-feira, apenas circularam 25% dos comboios, mas a situação está já estabilizada, disse ao JN o porta-voz da CP.

A circulação ferroviária sofreu, ao início da manhã de hoje, terça-feira, “vários constrangimentos, em todo o país e em todos os serviços”, com a CP a garantir apenas “25% da circulação”, o que corresponde aos serviços mínimos.
Isso mesmo, explicou ao JN o porta-voz da CP, Bruno Martins, adiantando que após o período do “início da hora de ponta da manhã” a situação evoluiu favoravelmente, estando neste momento já a estabilizar”.
Os serviços de longo de curso também não se realizaram, logo ao início da manhã, por "não estarem asseguradas as condições de segurança nos postos de comando de tráfego". Esta situação foi também já reposta e está já assegurada a ligação entre todas as cidades do país, concluiu o porta-voz da CP.

Sindicato pondera queixa-crime contra REFER por alegada violação da lei


O sindicato dos trabalhadores ferroviários pediu a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho e pondera avançar com uma queixa-crime contra a REFER por alegada violação à lei durante a greve de hoje, terça-feira.
José Manuel de Oliveira, coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), avançou à Lusa que foi pedida a intervenção da Autoridade das Condições de Trabalho no Centro de Comando Operacional de Braço de Prata, junto a Santa Apolónia, em Lisboa, onde - acusa - a REFER substituiu trabalhadores que estavam a cumprir os serviços mínimos.

O JN contactou a REFER que pediu o envio das perguntas por email, o que inviabilizou, até ao momento, a obtenção de uma explicação.
De acordo com o sindicalista, "os trabalhadores, que estavam a assegurar os serviços mínimos previstos no acórdão do colégio arbitral que decide sobre a matéria, foram expulsos para serem substituídos por quadros superiores da empresa".
O dirigente sindical acrescentou que quem está a operar as linhas da REFER "não são trabalhadores daquele local de trabalho, o que viola a lei" e significa que "foram abandonadas as mínimas normas de segurança", pois "o comando e controlo de circulação na região de Lisboa, e no centro do país, está a ser feito por trabalhadores que não estão habilitados a fazer aquelas funções diariamente".
Neste incidente, segundo José Manuel de Oliveira, estiveram envolvidos entre 15 e 20 trabalhadores, que, entre as 05:00 e as 9:00, asseguravam como serviços mínimos a circulação de um comboio em cada quatro.
O sindicalista sustentou que, "entre as 5:00 e as 9:00, havia todas as condições para que a CP e a Fertagus fizessem o que estava previsto em termos do tal acórdão do colégio arbitral".
José Manuel de Oliveira criticou a Fertagus, afirmando que "a partir das 5:00, só não pôs comboios porque não quis".
Cristina Dourado, administradora delegada da Fertagus, afirmou à Lusa que a total inoperância da linha ferroviária ao início da manhã impediu os comboios da empresa de circularem, explicando que "quem gere a circulação é a REFER" e, sem esta entidade assumir essa responsabilidade, os comboios não podem circular.
O sindicalista mantém que a greve dos trabalhadores ferroviários está a registar uma adesão na ordem dos 80 a 90 por cento, com a circulação ferroviária "fortemente perturbada", mas reconheceu que "na linha do norte há um aumento da circulação, que decorre deste incidente".
Os trabalhadores da CP, CP Carga, REFER e EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário iniciaram à meia noite uma greve de 24 horas contra o congelamento dos salários.
O congelamento dos salários nas empresas do sector empresarial do Estado, recomendado pelo Governo, está na origem da paralisação que, segundo o Sindicato Nacional do Sector Ferroviário, pode abranger um universo de 10 mil trabalhadores.

Greve dos comboios causou transtornos e atrasos a milhares de pessoas

A greve da CP causou transtornos a milhares de utentes dos comboios, um pouco por todo o país. O JN acompanhou o início da manhã, atrasado e apinhado, particularmente nos grandes centros urbanos
Na Linha de Sintra, havia mais gente que o habitual na estação de Barcarena-Massamá. A reportagem do JN no local constatou grande confusão entre as 7 e as 10 da manhã, altura a que a situação começou a normalizar-se.

No período de maior necessidade, na hora de ponta, havia menos comboios, todos muito cheios e muita gente nas estações. Muitas pessoas ficaram apeadas, pois não conseguiam, sequer, entrar nas carruagens.
Em Guimarães, a greve da CP também se fez sentir já que várias ligações ferroviárias para a estação de S. Bento, Porto, foram canceladas e os passageiros foram encaminhadas para autocarros que os transportaram posteriormente por via rodoviária até à Invicta.
Às primeiras horas da manhã, e segundo constatou a reportagem do JN, várias dezenas de pessoas fizeram essa viagem por estrada fazendo paragens nas estações de Santo Tirso, Lousada e Trofa, entre outras.
“Já sabia que hoje havia greve e por isso vim mais cedo”, relatou Elisabete Alves, uma utente diária dos suburbanos que por norma sai de Guimarães às 9.54 horas mas que hoje teve de estar na estação mais de uma hora antes do horário habitual. “Causou-me algum transtorno mas preferi vir mais cedo para não correr o risco de chegar tarde ao emprego. Mesmo assim não sei se vai dar para chegar”, concluiu, antes de seguir viagem de autocarro até S. Bento.
Na Trofa, houve quem esperasse mais de meia hora por um comboio, dado que, ao início da manhã, alguns serviços ficaram por cumprir. A greve dos trabalhadores da CP deixou a estação mais preenchida do que o habitual, mas não houve registos de confusões – aparentemente, as notícias da paralisação terão preparado os passageiros para uma espera mais longa do que a normal.
Pouco passava das 8 horas, quando uma composição do serviço regional da CP levou vários utentes até ao Porto – segundo alguns ouvidos pelo JN, a composição, que normalmente faz o trajecto Valença-Porto, estava a efectuar, também, o transporte de passageiros com título válido apenas para os comboios urbanos.

Aparentemente, a partir dessa hora, a circulação de comboios e respectivo escoamento de utentes terá estabilizado, sendo que, entre as 8.32 e as 8.45 horas, duas composições partiram em direcção ao Porto.
Em Braga, o início da manhã também foi complicado, devido à supressão de alguns serviços de transporte urbano. Aos passageiros afectados pela paralisação, a CP disponibilizou autocarros que asseguraram o transporte alternativo. O Alfa Pendular das 6 da manhã também não se realizou e, ao longo do dia, os serviços urbanos também foram sendo afectados.



in
Jornal Noticias

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