Ao que o CM apurou junto de fonte policial, os agressores regressavam a casa depois de passarem a noite em bares. Alguns estavam alcoolizados, segundo o relato dos revisores às autoridades. Vários agentes da PSP estiveram no local, incluindo uma Equipa de Intervenção Rápida (EIR), mas o gang acabou por conseguir fugir com as carteiras e os telemóveis dos funcionários da CP. O revisor ferido foi imediatamente socorrido pelos colegas, que chamaram uma equipa médica do INEM. Transferido para o Hospital de São Francisco Xavier, foi suturado com oito pontos. Recebeu alta médica durante a tarde, mas não poderá trabalhar nos próximos dias, por estar de baixa.
A faca utilizada na agressão não foi encontrada e o gang não está identificado.
Luís Bravo, presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), reivindica o reforço policial, "pelo menos durante o fim-de-semana". "Já fizemos vários pedidos para que o reforço policial que se nota durante o Verão seja igualmente visível durante o fim-de-semana nos meses de Inverno. A Linha de Cascais é a mais afectada durante os fins-de--semana por causa das pessoas que frequentam as zonas de bares", acrescentou o sindicalista.
AGRESSORES LIBERTADOS
No ano passado, os incidentes na Linha de Cascais começaram logo com o início do Verão. A 26 de Junho aconteceu o primeiro caso de violência. Um grupo varreu um comboio entre Carcavelos e o Cais do Sodré e assaltou vários passageiros. Na fuga, a PSP conseguiu deter três pessoas, que foram presentes a tribunal e libertadas. Ao longo do Verão outros agressores de passageiros e revisores foram detidos pela PSP, mas todos eles foram libertados quando presentes a um juiz, apesar de terem sido utilizadas facas e pistolas.
CORPO DE INTERVENÇÃO NO VERÃO
A confusão instalada nos comboios durante os meses de Verão gerou um clima de medo entre funcionários da CP e sobretudo nos utentes. As reclamações diárias levaram a PSP a anunciar um reforço a Linha da CP e zona balnear de Cascais, com a Unidade Especial de Polícia. Assim, e para evitar distúrbios causados por grupos de jovens vindos da Linha de Sintra, foram empenhadas, aos fins-de-semana, duas equipas do Corpo de Intervenção (CI) com 20 elementos cada, quatro binómios e 16 elementos de Equipas de Intervenção Rápida (EIR). Durante a semana, permaneciam nos comboios e praias dez elementos do CI, dois binómios homem-cão e as EIR consideradas necessárias.
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