terça-feira, 8 de março de 2011

Linha de Cascais: Grupo aterroriza no comboio Gang ataca revisores

Os oito revisores entraram juntos ontem de manhã na estação de comboios do Cais do Sodré, Lisboa, em direcção a Cascais. O pânico instalou-se quando numa das carruagens foram atacados por um gang de vinte homens que não tinham título de transporte. Agredidos e roubados, um deles foi esfaqueado num braço. Teve de receber tratamento no Hospital de São Francisco Xavier. Os agressores conseguiram fugir mal as portas se abriram na estação de Santo Amaro, em Oeiras.
Ao que o CM apurou junto de fonte policial, os agressores regressavam a casa depois de passarem a noite em bares. Alguns estavam alcoolizados, segundo o relato dos revisores às autoridades. Vários agentes da PSP estiveram no local, incluindo uma Equipa de Intervenção Rápida (EIR), mas o gang acabou por conseguir fugir com as carteiras e os telemóveis dos funcionários da CP. O revisor ferido foi imediatamente socorrido pelos colegas, que chamaram uma equipa médica do INEM. Transferido para o Hospital de São Francisco Xavier, foi suturado com oito pontos. Recebeu alta médica durante a tarde, mas não poderá trabalhar nos próximos dias, por estar de baixa.
A faca utilizada na agressão não foi encontrada e o gang não está identificado.
Luís Bravo, presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), reivindica o reforço policial, "pelo menos durante o fim-de-semana". "Já fizemos vários pedidos para que o reforço policial que se nota durante o Verão seja igualmente visível durante o fim-de-semana nos meses de Inverno. A Linha de Cascais é a mais afectada durante os fins-de--semana por causa das pessoas que frequentam as zonas de bares", acrescentou o sindicalista.
AGRESSORES LIBERTADOS
No ano passado, os incidentes na Linha de Cascais começaram logo com o início do Verão. A 26 de Junho aconteceu o primeiro caso de violência. Um grupo varreu um comboio entre Carcavelos e o Cais do Sodré e assaltou vários passageiros. Na fuga, a PSP conseguiu deter três pessoas, que foram presentes a tribunal e libertadas. Ao longo do Verão outros agressores de passageiros e revisores foram detidos pela PSP, mas todos eles foram libertados quando presentes a um juiz, apesar de terem sido utilizadas facas e pistolas.
CORPO DE INTERVENÇÃO NO VERÃO
A confusão instalada nos comboios durante os meses de Verão gerou um clima de medo entre funcionários da CP e sobretudo nos utentes. As reclamações diárias levaram a PSP a anunciar um reforço a Linha da CP e zona balnear de Cascais, com a Unidade Especial de Polícia. Assim, e para evitar distúrbios causados por grupos de jovens vindos da Linha de Sintra, foram empenhadas, aos fins-de-semana, duas equipas do Corpo de Intervenção (CI) com 20 elementos cada, quatro binómios e 16 elementos de Equipas de Intervenção Rápida (EIR). Durante a semana, permaneciam nos comboios e praias dez elementos do CI, dois binómios homem-cão e as EIR consideradas necessárias. 


Por:Magali Pinto/Patrícia M. Carvalho
in Correio da Manha


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